Como Montar um Negócio de Exportação Comercial
Como Abrir um Negócio de Exportação Comercial
Abrir um negócio de exportação comercial significa atuar como intermediário entre produtores nacionais e compradores estrangeiros, viabilizando a venda de produtos brasileiros para outros países. Esse setor é estratégico, pois o Brasil é reconhecido internacionalmente pela produção agrícola, minerais, manufaturados, moda, calçados, móveis, alimentos processados e outros segmentos. O empreendedor atua desde a prospecção de clientes no exterior até a gestão logística, aduanas e compliance internacional.
O Brasil é uma potência exportadora com mercados consolidados na Ásia, Europa e América do Norte.
Principais fatores de rentabilidade:
Abundância de produtos competitivos (agronegócio, carnes, café, minérios, calçados, moda).
Valorização do dólar frente ao real, aumentando o ganho do exportador.
Incentivos governamentais e linhas de crédito via BNDES e ApexBrasil.
Demanda global por commodities brasileiras.
Possibilidade de contratos de longo prazo com importadores.
O investimento depende da estrutura escolhida (agência exportadora, trading ou exportação direta).
Pequeno porte: R$ 60.000 a R$ 120.000 (estrutura básica, consultoria, viagens comerciais).
Médio porte: R$ 150.000 a R$ 300.000 (escritório físico, equipe fixa, participação em feiras internacionais).
Grande porte: acima de R$ 500.000 (estrutura completa, estoque, logística própria).
Principais custos:
Registro e formalização (incluindo RADAR/Siscomex).
Consultoria jurídica e tributária especializada em comércio exterior.
Marketing internacional (feiras, catálogos, site bilíngue).
Transporte, armazenagem e logística.
Capital de giro para atender contratos grandes.
Escritório bem localizado com sala de reuniões e estrutura de comunicação.
Computadores, softwares de gestão e ERP integrado com Siscomex.
Plataforma de e-commerce B2B internacional (opcional).
Equipe mínima: gestor de comércio exterior, analista de logística, profissional de marketing internacional.
Serviços terceirizados: despachante aduaneiro, transportadoras internacionais, tradutores.
O público-alvo da exportação comercial são empresas estrangeiras que compram produtos brasileiros em grande escala.
Segmentos principais:
Importadores de alimentos e bebidas.
Distribuidores de moda, calçados e móveis.
Indústrias internacionais que utilizam insumos brasileiros (minérios, celulose, grãos).
Atacadistas e redes de supermercados no exterior.
Documentos e registros obrigatórios:
CNPJ ativo.
Registro no RADAR da Receita Federal (habilitação no Siscomex).
CNAE recomendado: 4693-1/00 – Comércio atacadista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios, ou CNAEs específicos para exportação.
Alvará de funcionamento.
Certificados de origem dos produtos.
Licenças sanitárias e fitossanitárias, conforme o segmento.
Contratos internacionais bilíngues.
Registro de marca e proteção de propriedade intelectual (quando aplicável).
Pesquise mercados internacionais com maior demanda pelos produtos brasileiros.
Participe de missões comerciais e feiras internacionais.
Trabalhe com tradutores e profissionais fluentes em inglês e espanhol.
Estabeleça parceria com despachantes aduaneiros experientes.
Use contratos claros, com cláusulas de câmbio, prazos e garantias.
Tenha fornecedores confiáveis para atender pedidos grandes.
Utilize seguro internacional para mercadorias transportadas.
Crie site institucional bilíngue (português/inglês) com catálogo de produtos.
Cadastre sua empresa no portal da ApexBrasil.
Invista em presença em feiras internacionais (alimentação, moda, móveis, etc.).
Utilize plataformas globais de negócios (Alibaba, TradeKey, Global Sources).
Crie perfis profissionais no LinkedIn voltados ao mercado externo.
Invista em SEO internacional para atrair compradores estrangeiros.
O faturamento é variável, dependendo do produto e dos contratos fechados.
Exportadora pequena: R$ 100.000 a R$ 300.000/mês.
Exportadora média: R$ 500.000 a R$ 1.000.000/mês.
Exportadora grande: acima de R$ 2.000.000/mês.
Margem de lucro líquida: entre 10% e 25%, dependendo do setor e da eficiência logística.
Abertura de escritórios comerciais no exterior.
Expansão para diferentes segmentos de exportação.
Criação de marca própria para venda direta ao consumidor estrangeiro.
Transformação em trading company.
Parcerias com câmaras de comércio internacionais.
Investimento em e-commerce cross-border.
JBS e BRF: gigantes brasileiras da exportação de carnes para dezenas de países.
Tramontina: exportação de utensílios domésticos e ferramentas para o mundo inteiro.
Café do Brasil: referência global em qualidade e volume exportado.
Calçados de Franca e Novo Hamburgo: modelos de internacionalização da moda brasileira.
Abrir um negócio de exportação comercial no Brasil é estratégico para quem busca ampliar fronteiras e faturar em moeda forte. O setor exige conhecimento técnico, visão de mercado, domínio da legislação e habilidade em negociação internacional. Com planejamento, networking e foco na qualidade, é possível criar uma empresa sólida e competitiva no mercado global.
O grande diferencial da exportação comercial é a possibilidade de faturar em dólar ou euro, protegendo-se contra a volatilidade do mercado interno e ampliando as margens de lucro. Além disso, empresas exportadoras tendem a ganhar reputação internacional e maior estabilidade financeira.